Bill Gates divulga os seus cinco livros preferidos de 2024

Na lista do criador da Microsoft estão obras que, segundo ele, são sobre dar sentido ao mundo ao seu redor; duas delas foram publicadas por aqui, confira

Todo final de ano o filantropo e fundador da Microsoft, Bill Gates compartilha uma lista com suas melhores leituras ao longo do ano.

Na semana passada, Gates divulgou as cinco obras que, segundo ele, de alguma forma, são sobre dar sentido ao mundo ao seu redor. “Este não foi um tema intencional, mas não fiquei surpreso ao vê-lo surgir: é natural tentar entender as coisas durante tempos de mudanças rápidas, como os que estamos vivendo agora”, explicou em seu blog, GatesNotes.

Das cinco obras, duas focam no futuro e em como a ascensão da inteligência artificial e os avanços tecnológicos estão mudando as maneiras como vivemos, aprendemos e amamos. A terceira olha para o passado em busca de respostas. E o quarto é todo sobre o presente. “Ele ajudará você a apreciar a incrível e invisível espinha dorsal da sociedade que nos cerca todos os dias”, disse.

A escolha bônus é para quem procura um presente para um amante de tênis.

Confira:

An unfinished love story: A personal history of the 1960s, da historiadora Doris Kearns Goodwin. “Sou um grande fã dos livros de Doris, mas não sabia muito sobre sua vida pessoal até ler sua nova autobiografia. O livro foca em sua vida com seu falecido marido, que serviu como especialista em políticas e redator de discursos para os presidentes Kennedy e Johnson durante um dos momentos mais turbulentos da história recente dos EUA”, justifica Gates.

A obra entrelaça biografia, memórias e história e leva o leitor em uma jornada emocional que ela e seu marido, Richard Goodwin embarcaram nos últimos anos de sua vida.

Dick e Doris Goodwin foram casados por 42 anos e casados com a história americana por ainda mais tempo. Aos 20 anos, Dick foi um dos jovens brilhantes da Nova Fronteira de John F. Kennedy. Aos 30, ele nomeou e ajudou a projetar a Grande Sociedade de Lyndon Johnson e foi redator de discursos e conselheiro próximo de Robert Kennedy. Doris Kearns era uma estudante de pós-graduação de 24 anos quando foi selecionada como bolsista da Casa Branca. Ela trabalhou diretamente para Lyndon Johnson e mais tarde ajudou em suas memórias.
Ao longo dos anos, com humor, raiva, frustração e, no final, um entendimento crescente, Dick e Doris discutiram sobre as conquistas e falhas dos líderes que serviram e observaram, debatendo o progresso e as promessas inacabadas do país que ambos amavam.

A geração ansiosa, de Jonathan Haidt. “Este livro é leitura obrigatória para qualquer um que esteja criando, trabalhando com ou ensinando jovens hoje. Ele me fez refletir sobre o quanto dos meus anos mais jovens — que muitas vezes eram passados correndo do lado de fora sem supervisão dos pais, às vezes me metendo em problemas — ajudaram a moldar quem eu sou hoje. Eu aprecio que ele não apenas exponha o problema — ele oferece soluções reais que valem a pena considerar. Eu aprecio que ele não apenas exponha o problema — ele oferece soluções reais que valem a pena considerar”.

Publicado por aqui pela Companhia das Letras, o livro investiga o colapso da saúde mental entre os jovens ― e oferece um plano urgente para uma infância mais saudável e livre de telas.

O autor demonstra como a “infância baseada no brincar” entrou em declínio na década de 1980 e foi substituída pela “infância baseada no celular”, acompanhada por uma hiperconectividade que alterou o desenvolvimento social e neurológico dos jovens e tem causado privação de sono, privação social, fragmentação da atenção e vício. Ele também examina por que as redes sociais prejudicam mais as meninas e os motivos que levam os meninos a migrar do mundo real para o virtual, com consequências desastrosas para eles e as pessoas a seu redor. Diante desse cenário catastrófico, Haidt mostra o que pais, professores, escolas, empresas de tecnologia e governos podem fazer na prática para reverter a situação e evitar danos psicológicos ainda mais profundos.

Engineering in plain sight, de Grady Hillhouse. “Você já olhou para um cano incomum saindo do chão e pensou: “Que diabos é isso?” Se sim, este é o livro perfeito para você. Hillhouse pega todas as estruturas misteriosas que vemos todos os dias, de caixas de cabo a transformadores e torres de celular, e explica o que elas são e como funcionam”.

A obra é um guia de campo ilustrado com explicações acessíveis para quase todas as partes do mundo construído ao nosso redor. Engineering in plain sight estende o gênero de guia de campo de fenômenos naturais para estruturas feitas pelo homem, tornando-as acessíveis e compreensíveis para não engenheiros. Ele transforma as perspectivas dos leitores sobre o ambiente construído, convertendo o ato de olhar para a infraestrutura de uma inevitabilidade mundana em uma diversão e alegria cotidianas.

A próxima onda, de Mustafa Suleyman e Michael Bhaskar. “Mustafa tem um profundo entendimento da história científica e oferece a melhor explicação que já vi sobre como a inteligência artificial — junto com outros avanços científicos, como a edição genética — está pronta para remodelar todos os aspectos da sociedade. Ele expõe os riscos para os quais precisamos nos preparar e os desafios que precisamos superar para que possamos colher os benefícios dessas tecnologias sem os perigos. Se você quer entender a ascensão da IA, este é o melhor livro para ler”.

Publicada pela Record, a obra é um alerta urgente sobre os riscos que a inteligência artificial e outras tecnologias em rápido desenvolvimento representam para o mundo, e o que é possível fazer para evitá-los enquanto ainda há tempo. Mustafa explicíta o que as IAs representam para a próxima década, e como essas forças criarão imensa prosperidade, mas também podem colocar em risco os Estados nacionais, ou seja, a base da ordem global.

Leitura bônus: Federer, de Doris Henkel. “Este livro não é para todos. É bem caro e pesa tanto quanto um cachorro pequeno. Mas se você — ou alguém que você ama — é fã de Roger, Federer é uma retrospectiva maravilhosa de sua vida e carreira. Eu achava que sabia praticamente tudo sobre a história de Roger com o tênis, mas aprendi muito, especialmente sobre seus primeiros anos. Ele inclui muitas fotografias que eu nunca tinha visto antes. Este é um presente especial para o fã de tênis em sua vida”.

Fonte: Publishnews